O Bahia fez um jogo abaixo do esperado e não venceu o lanterna do Campeonato Brasileiro. Na tarde deste sábado, o Tricolor ficou no empate por 0 a 0 com o Sport, na Ilha do Retiro, pela 18ª rodada da competição nacional.
Sem poder contar com o atacante Erick Pulga, que está lesionado, Rogério Ceni apostou no lateral-esquerdo Iago Borduchi como ponta, mas a estratégia não garantiu volume ofensivo ao Bahia, uma vez que o atleta teve atuação ruim.
Em entrevista coletiva após o jogo, entretanto, o treinador destacou a falta que Pulga fez na partida e saiu em defesa de Iago Borduchi.
– Depende muito da situação. Já teve jogos em que fomos mal por incapacidade nossa, outro que pegamos adversários com mais potencial que a gente. Hoje a ausência do Pulga foi muito sentida. Em alguma posições o elenco é curto, a gente não contava com essa lesão – iniciou Ceni.
– O Iago fez uma partida muito dedicada, pressionou muito, mas na hora de decidir algumas jogadas não tem a mesma qualidade que o Pulga. Outros times jogaram aqui e sofreram muito. Hoje não conseguimos ofensivamente ter um aproveitamento padrão que normalmente temos. É difícil para todos jogar aqui, o Palmeiras ganhou no último minuto com um pênalti que nem existiu.
Ceni também reforçou que o Bahia já buscava um atacante de beirada para situações desse tipo e que o clube continua atrás deste reforço, mas que o orçamento precisa ser respeitado. O Tricolor chegou a fazer proposta por Gustavo Nunes, do Brentford
– Estamos tentando trazer jogadores. Desde antes da lesão do Pulga eu falo dessa situação, sabemos que precisamos. Mas o mercado está muito caro, é difícil conseguir essa peça sem estourar o orçamento. Mas estamos tentando. Na zaga ganhamos o retorno do Rezende, já nos deu mais estabilidade no banco. O que nos falta mesmo é essa peça para o lugar no Pulga. No mais, é seguir trabalhando. Vamos tentar fazer o que é melhor para o clube, mas temos limites.
“Se tivesse dinheiro a gente trazia o Samuel Lino, pagava 22 milhões de euros e resolvia os problemas. Mas não temos essa condição”.
O treinador também explicou por qual motivo não tentou outro atacante como ponta pela esquerda em vez de Iago. Kayky, que é uma alternativa, só entrou no segundo tempo.
– O Kayky rende mais pelo lado direito. Se o Ademir cansar, precisamos de alguém com velocidade para entrar ali. Kayky também não consegue oferecer a mesma força física que Iago e Pulga, são jogadores de características diferentes – iniciou o técnico.
– Kayky é muito talentoso, mas preciso dele para entrar no lugar do Ademir, na posição que ele gosta. O Iago fez uma boa partida, se ele faz aquele gol de direita o cenário seria outro. Ele nos ajudou bastante, claro que não tem o drible, mas deixou tudo que podia dentro de campo – complementou.
Ceni vai comandar o Bahia pelo Brasileirão apenas às 21h (de Brasília) do próximo sábado, quando o Tricolor recebe o Fluminense, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova. Antes, o time baiano visita Retrô pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil, às 19h30 (de Brasília) de quarta-feira, na Arena Pernambuco. Globoesporte